Publicado em 13/08/2016 21h30

Taxistas dizem que esperavam mais do movimento na Olimpíada: 'fraco'

Capital baiana recebeu dez partidas entre o dia 4 e este sábado (13). Categoria aponta 'concorrência' com metrô e com transporte clandestino.

Fila de táxi no Campo da Pólvora, em Salvador (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Fila de táxi no Campo da Pólvora, em Salvador (Foto: Alan Tiago Alves/G1)

Taxistas ouvidos pelo G1, durante a tarde deste sábado (13), em Salvador relataram ter sentido aumento no número de corridas com a realização dos jogos olímpicos na capital baiana, mas todos afirmaram que a movimentação ficou abaixo da expectativa da categoria para o período.

Taxista Ademário Filho (Foto: Alan Tiago Alves/G1)Taxista Ademário Filho (Foto: Alan Tiago Alves/G1)

As interdições em vários pontos de acesso à Arena Fonte Nova, palco dos jogos, e a "concorrência" com o metrô e com transportes considerados clandestinos são apontados pelos profissionais como principais fatores para que o número de corridas não aumentasse tanto.

"Teve um aumento, isso a gente não pode negar porque tinha mais gente na cidade, o número de turistas aumentou, mas era pra ser bem melhor. Nem durante o jogo do Brasil foi bom. Com vários pontos interditados, muitas pessoas preferem pegar metrô ou outros transportes e depois ir a pé ate o estádio", destacou o taxista Ademário Filho.

Taxista Hélio Ramos (Foto: Alan Tiago Alves/G1)Taxista Hélio Ramos (Foto: Alan Tiago Alves/G1)

O também motorista de táxi Hélio Ramos, 55, destaca que o movimento foi bem abaixo do esperado. "Foi fraquíssimo. Com todas essas interdições, a gente fica impossibilitado de trabalhar. No jogo do Brasil mesmo quase não peguei passageiros que estavam indo pro estádio. Essa Olimpíada foi praticamente nada pra gente. Nem abalou", destacou Hélio, que atua há 25 anos na profissão.

Conforme o direito do sindicato dos taxistas de Salvador, Antônio Cruz, os jogos fizeram o número de corridas aumentar de 20% a 30%, mas ele também considera o percentual abaixo da expectativa.

"Realmente, esperávamos mais, mas com essa crise... E o movimento só não foi menor porque muitos taxistas ligados a aplicativos estão oferecendo descontos de até 20% nas corridas para a clientela para também concorrer com outros meios de transporte", destacou.

Público chega à Arena Fonte Nova (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Público antes do jogo na Arena Fonte Nova.
(Foto: Alan Tiago Alves/G1)

Movimento
O movimento de torcedores já era intenso no entorno da arena fonte nova uma hora e meia antes do início da partida entre Nigéria e Dinamarca, válida pelas quartas de final do futebol masculino, neste sábado, último dia de jogos em Salvador.

Com o trânsito livre, o único problema foi encarar a grande fila que se formou para passar no portal de segurança montado pela Polícia Militar na Ladeira da Fonte das Pedras. A fila coemeçava nas imediações do Fórum Rui Barbosa. O jogo teve início as 16h, mas até por volta das 17h muita gente ainda chegava à arena.

As amigas Tamires Santos e Nilce Oliveira saíram de Simões filho para acompanhar a partida deste sábado na fonte nova. Foram de carro ate o shopping bela vista e, de lá, pegaram metrô ate o estádio. "É a segunda vez que a gente vem. Também estávamos aqui no jogo do Brasil e foi tudo tranquilo. Decidimos vim novamente por ser o último dia", disse Tamires, enquanto aguardava na fila com a amiga.

O casal Selma e Éder veio de Feira de Santana, cidade a 100 qulômetros da capital, também para ver o último jogo em Salvador com as duas filhas. Eles chegaram ao estádio pouco antes das 17h30. "Atrasamos um pouco, mas ainda dá pra pegar  pedacinho da partida. Já tínhamos vindo no primeiro dia e gostamos muito", disse Selma.

Como nos outros jogos, o policiamento no entorno da arena estava reforçado e ate as 17h30 nenhuma ocorrência tinha sido registrada pela Polícia Militar.

Casal Selma e Éder, de Feira de Santana, levou filhas para acompanhar jogo em Salvador (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Casal Selma e Éder, de Feira de Santana, levou filhas para acompanhar jogo em Salvador (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Público chega e pega fila para acesso ao Portal de Segurança, onde está posicionada a Polícia Militar (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Público chega e pega fila para acesso ao Portal de Segurança, onde está posicionada a Polícia Militar (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Público chega à Arena Fonte Nova  (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Público chega à Arena Fonte Nova (Foto: Alan Tiago Alves/G1)

Autoria: Visão Diária/Ascom

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