Publicado em 15/06/2020 12h26

Após aglomeração, ACM Neto anuncia interdição por uma semana do calçadão entre o Porto da Barra e Ondina

A medida, que tem como objetivo combater situações que possibilitem um crescimento no número de casos de coronavírus na cidade, entra em vigor já nesta terça-feira (16).

ACM Neto anuncia fechamento da orla entre o Porto da Barra e a praia de Ondina — Foto: Reprodução / Facebook

ACM Neto anuncia fechamento da orla entre o Porto da Barra e a praia de Ondina — Foto: Reprodução / Facebook

As cenas de aglomeração registradas no último fim de semana no Farol da Barra não passaram despercebidas pela prefeitura de Salvador. Na manhã desta segunda-feira (15), o prefeito ACM Neto anunciou o fechamento pelo prazo de sete dias do calçadão da orla entre o Porto da Barra e a praia de Ondina. A medida, que tem como objetivo combater situações que possibilitem um crescimento no número de casos de coronavírus na cidade, entra em vigor já nesta terça-feira (16).

Durante o período, não será permitido a realização de atividades físicas no trecho interditado. O acesso será garantido exclusivamente para moradores. A medida é parecida com a que foi imposta na Pituba entre os dias 13 e 20 de maio, quando o trecho entre o Centro de Convenções e a Piscina Olímpica foi interditado.

“Vi as imagens divulgadas pela televisão. Venho dizendo a todo mundo para tomar cuidado, para sair com máscara, evitar aglomeração. Fizemos de tudo para não interditar a orla de Salvador. O ambiente aberto traz risco menor de contaminação. Agora, havendo aglomeração, o risco aumenta. Uma coisa é a pessoa usar a orla respeitando o distanciamento, outra coisa totalmente diferente é o que vimos ontem. Discutimos o que poderia ser feito e não tem jeito. A pior coisa da vida é ser o chato da história. O cara que puxa a orelha. A gente fala, as pessoas infelizmente não ouvem”.

“Infelizmente tenho que comunicar o fechamento do calçadão do Porto até Ondina pelo prazo inicial de sete dias, valendo a partir de amanhã”, comunicou o prefeito.

 

Durante a coletiva, o prefeito também comunicou a prorrogação das medidas restritivas impostas ao comércio e áreas públicas de Salvador até o dia 30 de junho. As praias seguem interditadas, enquanto shoppings, clubes sociais, academias de ginásticas e instituições de ensino seguem proibidas de funcionar normalmente. Porém, as óticas com espaço acima de 200 metros quadrados foram liberadas para abrir as portas, desde que respeitem um protocolo que será divulgado pela gestão municipal.

“Mais do que qualquer outra pessoa, gostaria de ser o porta-voz da retomada. Mas não sou irresponsável. Tenho o dever de zelar pela vida das pessoas. Tem uma pressão crescente do comércio para voltar. Me coloco no lugar dos empresários, sei que estão sofrendo. Não dá para voltar desse jeito. Não quero ser pessimista, mas estou traduzindo a realidade. A verdade é essa. Em outros lugares do mundo as coisas avançaram mais rapidamente pelo comportamento das pessoas, que se comprometeram com o isolamento”, disse ACM Neto.

O prefeito ainda comunicou a publicação de um decreto que obriga agências lotéricas e bancos particulares a designar funcionários para organizar filas, mesmo aquelas que ficam fora dos estabelecimentos. A medida entra em giro na sexta-feira (19).

 

Estabelecimentos que seguem sem poder funcionar:

 

 

  • Shoppings
  • Cinemas
  • Teatros
  • Academias de ginástica
  • Casas de espetáculo
  • Parques infantis
  • Instituições de ensino
  • Clubes sociais
  • Salões de beleza
  • Bares
  • Restaurantes
  • Lanchonetes

 

 

Panorama do coronavírus em Salvador

 

O prefeito expôs um panorama geral da situação do coronavírus em Salvador. A capital baiana registra 19.860 casos confirmados de coronavírus, com 742 mortes em decorrência da doença. Com relação a taxa de ocupação, dos 581 leitos clínicos disponíveis na cidade para pacientes com a Covid-19, 434 estão ocupados, o que representa uma ocupação de 75%. Já os leitos de UTI têm ocupação de 84%, com 468 leitos com pacientes de um total de 558 disponíveis.

“Esperávamos reduzir um pouco essa taxa de ocupação dos leitos, mas o fato concreto é que para a gente ter alívio maior, seria fundamental reduzir a demanda, ou seja, a quantidade de novos pacientes que necessitam de internamento hospitalar. Por enquanto, estamos administrando a taxa de ocupação e evitamos o colapso com a oferta de novos leitos”, pontuou o prefeito.

Autoria: G1 BAHIA

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