Reforma para mudar Camaçari

Fui eleito em outubro para implantar um novo modelo de gestão em Camaçari que resulte em avanços na eficiência dos serviços públicos e em novos investimentos para a cidade. Esses são os principais objetivos da reforma administrativa que aprovamos na Câmara de Vereadores. Com a reforma e outras medidas firmes e corajosas que iremos tomar a partir da posse em janeiro, como a revisão de contratos com empresas terceirizadas e entidades não-governamentais, extinção de estruturas deficitárias, redução de gastos supérfluos, limitação de nomeações para cargos de confiança e outros ajustes na máquina pública municipal, esperamos economizar algo em torno de R$140 milhões por ano, dinheiro que será revertido em ações que resultem em melhorias na qualidade de vida das pessoas. 

Vamos encontrar uma cidade em uma situação complicada do ponto de vista financeiro, e em um momento de crise nacional e queda de arrecadação. Sabemos que vai ser um início difícil. Por isso, decidimos agir rápido, antes mesmo de tomar posse, solicitando o envio do projeto de reforma à Câmara e pedindo urgência na aprovação, como aconteceu. Fomos eleitos para implantar um novo modelo de gestão, e não manter uma estrutura inchada, em uma Prefeitura onde se gasta demais com custeio e pouco com investimento ou em avanços na prestação dos serviços em áreas como saúde, educação, assistência social, esporte e lazer e infraestrutura. 

Camaçari apostou em um projeto de mudança. E é isso que a cidade vai ter a partir de janeiro. Estamos extinguindo, pela reforma, sete secretarias, otimizando a administração sem prejudicar políticas públicas que consideramos essenciais e que serão transversais a todos os órgãos da gestão, como no caso da geração de emprego, das minorias, das mulheres, da juventude, dos negros e dos mais pobres. Quem conhece minha trajetória sabe que sempre estive nas ruas ao lado daqueles que mais precisam do amparo do poder público. E só fará parte da minha equipe quem estiver imbuído desta mesma missão e tiver competência técnica.

Pretendemos valorizar os servidores públicos de Camaçari. Nenhum servidor será prejudicado com a eventual extinção de órgãos, como o caso da Limpeza Pública de Camaçari (Limpec), empresa pública de natureza privada cuja viabilidade será estudada pois atualmente se tornou deficitária. Todos sabem que a Limpec não é mais responsável pela coleta de lixo no município, pois essa atribuição foi repassada à Secretaria de Serviços Públicos, que o faz mediante empresas terceirizadas. 

Nossa reforma não acaba com iniciativas que deram certo em gestões passadas, mesmo aquelas de adversários políticos, mas seremos firmes em combater os erros, desvios e desmandos. No caso da Cidade do Saber, a Prefeitura vai assumir de fato a gestão desse equipamento, que será ligado à Secretaria de Educação, acabando com irregularidades. Posso garantir que faremos uma administração transparente e intolerante a desvios de conduta ou corrupção, pois para isso recebemos a confiança da população de Camaçari. 

Implantando esse novo modelo e filosofia de gestão, que vai buscar ainda as parcerias com a iniciativa privada, como acontece em Salvador e Feira de Santana, vamos gerar mais emprego e distribuir melhor a renda no município, apostando nas potencialidades de Camaçari em setores estratégicos como a indústria, o comércio e o turismo. E, acima de tudo, tendo como foco o povo de Camaçari, do feirante ao comerciante, do estudante ao trabalhador do pólo, da dona de casa à professora, do empregado ao desempregado. Assim iremos superar as dificuldades e fazer uma gestão colaborativa e participativa. 

* Antônio Elinaldo é vereador de Camaçari e prefeito eleito pelo DEM

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias