Publicado em 16/01/2017 11h28

Sindicato dos Metalúrgicos recebe na porta da fábrica os trabalhadores no retorno no layoff

CAMAÇARI

Foram dez meses em casa, recebendo remuneração sem benefícios. Apesar da militância forte do sindicato, poucos tinham esperança de retornar. Quem confiou no trabalho do sindicato apostou certo e hoje comemora: “nunca perdemos a esperança, sabíamos que o sindicato não aceitaria nossa demissão”, diz o metalúrgico Jobson Conceição, satisfeito com a volta ao trabalho.

A repercussão econômica foi grande com o layoff, até o comercio local padeceu, com a queda de 60% no faturamento depois da extinção do terceiro turno. Mas isso é passado. A ação ferrenha do Sindicato impacta também diversas categorias, e novas vagas foram abertas. Seguranças patrimoniais, agentes de limpeza, funcionários de refeitório e motoristas de ônibus foram contratados para atender ao numero, 415 maior, de metalúrgicos.

O Sindicato fez questão de vir dar as boas vindas, e as cinco da manhã já estava nos portões da fabrica. “Quase um ano de luta, e não há como afastar a emoção nesse momento. Tivemos que vencer duas barreiras: a peleja com o patrão e a desconfiança dos associados. Plantaram na mente deles que em janeiro todos estariam demitidos. Hoje fiz questão de vir aqui mostrar que não há demissão, e sim reintegração. ”, diz Julio Bomfim, presidente do STIM Camaçari.

“Num período onde fabricas grandes como a Tigre estão fechando as portas, onde varias demissões tem havido, num país onde economia e o cenário político só pioram, de fato é uma vitória. Somados aos que trabalhadores que conseguimos manter e integrar antes, são mais de 800 pais e mães de família com seu emprego garantido”, encerra com emoção o presidente.

 

Autoria: Dias D'Ávila Agora / Ana Fabricia

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