Publicado em 03/02/2016 16h02

Sindicato garante dois mil empregos no Complexo Ford

CAMAÇARI

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Cerca de dois mil funcionários do Complexo Ford de Camaçari terão o emprego garantido com a aprovação do Layoff. O acordo foi unânime entre os trabalhadores que participaram, na última segunda-feira (1), das assembleias realizadas nos três turnos.

A suspensão do contrato de trabalho foi a alternativa encontrada pelo sindicato para evitar as demissões em massa na montadora, garantindo assim a empregabilidade dos trabalhadores do Complexo, já que a intenção da Ford era demitir quase duas mil pessoas com o encerramento do terceiro turno, anunciado pela empresa para março.

A Ford aceitou aplicar o Layoff durante uma reunião realizada, na última sexta-feira (29/01) com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari. O plano garante o pagamento integral do salário líquido ao trabalhador, diferente do PPE, que reduz 30% do salário.

O layoff é uma medida adotada em casos de crise econômica, que suspende o contrato de trabalho e garante o pagamento da maior parte do salário do funcionário através do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Além disso, o trabalhador em layoff tem direito ainda a PLR proporcional, abono quem tenha trabalhado (120 dias de 01 de julho 2015 até 13 de março de 2016) e plano de saúde. Inicialmente, o layoff vai durar cinco meses, podendo ser renovado pelo mesmo período. Neste tempo, o trabalhador precisa passar por cursos de capacitação profissional, oferecidos pelo SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).

Desde o ano passado, o agravamento da crise tem provocado demissão em massa no setor automotivo, principalmente nas montadoras instaladas em São Paulo. Em Camaçari, as negociações e luta do Sindicato têm garantido o emprego no Complexo Ford. Nos casos envolvendo Voith e DHL, por exemplo, a maior parte dos trabalhadores foi absorvida pela Ford, após o fechamento das parceiras.

“As empresas não podem jogar a crise econômica que o Brasil atravessa nas costas do trabalhador. Nas negociações, defendemos medidas que preservem os empregos”, diz Júlio Bonfim, presidente do Sindicato.

 

Autoria: Dias D'Ávila Agora / Fernanda Melo

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